Carne Suína: Mitos e Verdades


A carne suína é saudável e saborosa. No mundo todo ela é a carne mais consumida (64%, contra 27% da bovina e 8% da carne de frango), com exceção do Brasil, onde ela aparece em terceiro lugar, devido tantos mitos que existem sobre essa carne. Leia o artigo e conheça mais sobre a Carne Suína.



MITOS

Mito: A carne suína é uma carne gorda.

 Na verdade, há nada menos que 7 cortes de carne suína que têm menos gordura que o peito de frango sem pele, e 15 cortes aprovados pelo Nacional Heart Foundation. 

Mito: A carne suína é seca e sem sabor.

 A carne suína atinge sua máxima suculência e sabor quando cozida deixando seu meio levemente rosado. A carne suína pode ficar seca quando cozida além do ponto – muito bem passada – portanto lembre-se, se você quer aproveitar sua carne suína suculenta e macia, menos é mais! Um pouco menos de tempo de cozimento significa muito mais suculência! Tente cozinhar a carne suína como você normalmente faria com a carne bovina.

 MitoA carne suína deve ser sempre muito bem passada.

Muitas pessoas acreditam que a carne suína deve ser muito bem passada. Isto não é necessário quando se compra uma carne de qualidade e de boa procedência. O Brasil possui uma suinocultura moderna e tecnologicamente avançada, o que garante a qualidade da carne suína brasileira. Para garantir a sua segurança, compre sempre carne inspecionada.

A evolução na qualidade da carne dos suínos nos últimos anos.

 Nos primeiros 50 anos do século 20, foi muito comum o uso das gorduras animais na alimentação humana. Naquele período, o porco atendeu as exigências do mercado consumidor e a banha passou a ser um produto tão importante quanto suas carnes nobres, o lombo e o pernil. Naquela época, o suíno apresentava 40 a 45% de carne magra na carcaça e espessuras de toucinho de 5 a 6 centímetros. Com o aparecimento das margarinas vegetais, as banhas deixaram de ser usadas, forçando o criador de suínos a buscar um novo modelo de animal, que melhor atendesse a um consumidor que estava mudando seu perfil nutricional, devido ao seu novo modo de vida. O novo modelo que o suinocultor passou a desenvolver, foi o de um animal com menos gordura, mais carne e mais eficiência na conversão dos alimentos. Para obter aquele objetivo, mudou drasticamente os métodos de manejo e as instalações, e evoluiu de forma fantástica nas áreas de genética e nutrição. Os resultados desta verdadeira revolução traduziram-se num animal que mudou seu nome de porco para suíno, e que passou a apresentar de 58 a 62% de carne magra na sua carcaça e apenas 1,5 a 1 centímetro de espessura de toucinho. Vários estudos científicos demonstram esta evolução. Um dos mais conceituados é o do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que mostra que de 1963 a 1990 a quantidade de gordura de um lombo cozido de suíno, diminuiu 77% e o de calorias em 53%. Os dados desta evolução estão resumidos na Tabela 1, onde também estão incluídos dados
de 1994, publicados pela Universidade de Moncton, Canadá. Isto permite entender melhor o
que aconteceu nestes últimos 31 anos.

CARNE SUÍNA E COLESTEROL

O teor de colesterol da carne suína não é mais elevado que a maior parte das outras carnes (bovina, vitelo, carneiro). Com efeito, o teor de colesterol dessa carne varia, conforme as peças, de 62 a 78mg em cada 100g de carne crua, o que a coloca no mesmo patamar que o frango.
A carne suína pode ser, portanto, considerada como relativamente pobre em colesterol. O teor de colesterol dos miúdos de suíno é, por outro lado, mais elevado: 340mg para o fígado, 400mg para os rins, 2000mg para o miolo.


Valor nutritivo da Carne Suína (Lombo sem gordura, em 100 gramas)

Cálcio 4 g
Ferro 0,5 mg
Magnésio 24 mg
Sódio 53 mg
Potássio 334 mg
Zinco 0,9 mg
Vitaminas  
Retinol tr
Tiamina 0,95 mg
Riboflavina tr
Niacina 13,83 mg
Piridoxina Tr
Ácidos Graxos  
Saturados 3,3 g
Monoinsaturados (Oléico) 3,7 g
Polinsaturados (Linoléico) 1,0 g  
Umidade 68 %
Fibra 0%
Energia 176 kcal
Proteína Total 22,6 g
Gordura Total 8,6 g
Colesterol 55 mg
Fonte: Tabela brasileira de composição de alimentos/ NEPA – UNICAMP – Versão II – 2 ed – Campinas. SP.


CARNE SUÍNA E PROTEÍNAS

A carne suína tem proteínas de qualidade em quantidade! Ela apresenta um teor proteico elevado:
• 18-22g de proteína a cada 100g de carne crua
• 25-28g de proteína a cada 100g de carne cozida

Assim, 150g de carne suína cobrem 40 a 50% das DRI (ingestão diária recomendada) de proteína para um adulto de 70 kg. Como se sabe, a qualidade nutricional de um “alimento proteico” depende não somente da quantidade, mas também da qualidade das proteínas. A qualidade das proteínas da carne suína é excelente e o equilíbrio de seus aminoácidos está próximo do ótimo.


A carne suína disponível atualmente para o consumidor não é merecedora dos errôneos conceitos de que é gordurosa e faz mal à saúde. Ao contrário, trata-se de um alimento nutritivo e saboroso, muito equilibrado em sua composição e que pela sua riqueza em vitaminas e minerais deveria ocupar um maior espaço na mesa do consumidor. Pelas suas características, deveria ser mais utilizada nas merendas escolares. Os tabus que inibem o seu consumo deveriam ser desfeitos e esclarecidos, para não privar a nossa população de um alimento tão gostoso e saudável.

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